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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O PODER DO PENSAMENTO

Olá!

Em seu livro com este título, Annie Bèsant tenta elaborar, passo-a-passo, o processo do funcionamento da mente, sua educação e evolução.

Trata-se de documento interessante, que esmiuça a forma como a mente humana apreende e evolui, a partir de relação dinâmica com os objetos observados e que foi assunto de estudo hoje, dia 11 de outubro no horário da Coordenaria, na sede da STRJ.

Compartilho aqui com vocês um breve resumo do assunto e algumas imagens.

Um abraço,

Zarifa Mattar.


Palestra sobre o livro “O Poder do Pensamento” de Annie Bèsant – Ed, Pensamento.

I – A cadeia do pensamento:
A cadeia do Conhecedor, do Cognoscível e do Conhecido;

w Avidya (ignorância) – o 1º. Passo que leva da Unidade à separação.

w O EU (Consciência, não mental) como conhecedor:
Definindo este EU àEle é o imortal Uno com o todo e dura enquanto durar a manifestação. Ele se manifesta através de veículos inferiores.

w Não existe nele, separação entre querer, sentir e conhecer. Uma função pode predominar, mas as outras duas coexistem.

w O Eu é este Uno imortal e consciente em que cada um de nós se reconhece;

w O Eu é o que quer; o que sente; o que conhece.

w O Não- Eu: tudo em que ele não consegue querer, sentir e se reconhecer à com a evolução, acaba descobrindo que até sues veículos inferiores são Não - Eu.

w O CONHECER: Uma relação entre o EU e o Nâo-Eu.

II – O Criador da Ilusão:
O corpo mental e o Manas – a construção e evolução do corpo mental;

w “Uma vez que tenha chegado a permanecer indiferente aos objetos da percepção, deve o discípulo buscar o rajá dos sentidos, o Produtor dos Pensamentos, aquilo que desperta a Ilusão... a mente é o grande assassino do Real.” HPB.

w A mente não é o Conhecedor e dele deve ser distinguida cuidadosamente.

w Não conhecemos as coisas em si, mas o efeito que suas imagens produzem em nossa consciência.

w A mente é o resultado do pensar passado, modificando-se constantemente pelo pensar presente, os resultados de vidas anteriores sendo reexaminados no presente.

w Nossa mente é a criadora de ilusões, na medida em que trabalha apenas sobre o reflexo do não-eu nela, não sobre o objeto em si mesmo.

III – A transmissão do pensamento:
w A Transmissão de pensamento pode se dar por duas formas: física e psíquica.
wFísica Causada pela consciência, vibrando no mental, depois no astral, gerando ondas no etérico e moléculas no corpo físico, atingindo, assim, o outro cérebro.
wPsíquica: Após ser criada uma forma-pensamento no plano metal, dirige-o, diretamente ao outro cérebro. Exige mais evolução, mas todos o alcançamos.

IV – As origens do pensamento:
A relação entre sensação e pensamento;

w Quando chegamos ao mundo, trazemos uma grande massa de pensamentos já formada, denominadas “ideias inatas”. São concepções que resumem nossas experiências em vidas anteriores.

w Usando um recém-nascido como exemplo e sua relação com a amamentação e os cuidados da mãe: ele começa a elaborar a consciência de si mesmo através da percepção da satisfação de suas necessidades através da relação entre o objeto externo e ele. Estas sensações transformam e moldam sua mente.

V – A Memória:
A natureza da memória; a má memória; memória e antecipação;

wQuando se estabelece uma relação entre o prazer e um objeto, surge o desejo de repetir a experiência e o corpo mental imediatamente recria a imagem. Esta tendência é devida a Tamas (treva) e é o germe da memória.

w Com a repetição da idéia da sensação ligada ao objeto, a memória se despende do Conhecedor e atinge um nível mais sutil da mente, passando a se comunicas com a memória akásica – passa a fazer parte da memória de Ishvara (espírito divino).


VI – O desenvolvimento do pensamento:
A observação e seu valor; a evolução das faculdades mentais; a educação da mente; a associação com superiores;

w A má memória: assim como uma matéria fluida não é bom material para um bom molde, uma mente pouco evoluída tem dificuldade de formar memória. No entanto, mesmo um homem evoluído pode ter dificuldade de fixar memória – porém, ele há de se lembrar do que lhe interessa. Portanto, a má memória se deve à má observação, a um pensamento confuso e sem foco. Isto pode ser resolvido com exercícios.

w A antecipação: num Conhecedor não desenvolvido, a memória se concentra no objeto do prazer e a memória se projeta adiante. Basta que se adicione a isto o tempo. A contemplação do prazer é o presente e sua busca está no futuro.

Explica que sua mente o observou e o encontrou na memória quando necessitou.

VII – A Concentração:
A consciência está onde haja m objeto qualquer ao qual responda; Como se concentrar;

w O desenvolvimento da observação é parte da educação mental. Bèsant narra um episódio em, em viagem, precisou lembrar do número do trem em que viajou e, embora conscientemente não o tenha registrado, o recordou.

w Quando se está sob hipnose, há o acesso a registros da memória que não pareciam registrados. Essas impressões chegam ao corpo mental através do cérebro e ficam em ambos registrados. Na hipnose, Jiva não está presente: o acesso é apenas ao cérebro. Mas a mente pode ser educada a observar e registrar e então, Jiva pode absorver tais informações.

w A evolução da mente depende de observar, distinguir, raciocinar e comparar, resultando na criação de um juízo. Um Grande Ser sabe tudo sobre o sistema solar, não porque tenha acumulado tal conhecimento, mas, porque ao dirigir a ele sua atenção, consegue observar e conhecer o que vê. Portanto, na evolução da mente não depende da quantidade de informação em que é mergulhada, mas na qualidade da observação.

VIII – Obstáculos à concentração:
As mentes erradias; Os perigos da concentração: meditação;

w O corpo não percebe que a mente está sempre em movimento, portanto, em algumas pessoas, a concentração parece difícil pela resistência do ego. Trata-se apenas de treinamento, a resistência é ilusão.

O corpo tende a ficar enrijecido quando nos concentramos: ficamos enrugados e fisicamente estáticos. Isto é também falta de treinamento. Quebra-se a rigidez fazendo intervalos e movendo o corpo, retomando após a concentração.

A MEDITAÇÃO:

w A meditação consiste na concentração da observação da mente em relação ao todo. É a união da mente do Conhecedor com o seu todo e prática indispensável para quem quer seguir uma vida espiritual.