Em seu livro com este título, Annie Bèsant tenta elaborar, passo-a-passo, o processo do funcionamento da mente, sua educação e evolução.
Trata-se de documento interessante, que esmiuça a forma como a mente humana apreende e evolui, a partir de relação dinâmica com os objetos observados e que foi assunto de estudo hoje, dia 11 de outubro no horário da Coordenaria, na sede da STRJ.
Compartilho aqui com vocês um breve resumo do assunto e algumas imagens.
Um abraço,
Zarifa Mattar.
Palestra sobre o livro “O Poder do
Pensamento” de Annie Bèsant – Ed, Pensamento.
I – A cadeia do
pensamento:
A
cadeia do Conhecedor, do Cognoscível e do Conhecido;
w Avidya (ignorância) – o 1º. Passo que leva da Unidade à separação.
w O EU (Consciência, não
mental) como conhecedor:
Definindo
este EU àEle é o imortal Uno
com o todo e dura enquanto durar a manifestação. Ele se manifesta através de
veículos inferiores.
w Não existe nele, separação entre querer, sentir e conhecer. Uma função pode
predominar, mas as outras duas coexistem.
w O Eu é este Uno imortal
e consciente em que cada um de nós se reconhece;
w O Eu é o que quer; o que sente; o que conhece.
w O Não- Eu: tudo em
que ele não consegue querer, sentir e se reconhecer à com a evolução, acaba
descobrindo que até sues veículos inferiores são Não - Eu.
w O CONHECER: Uma
relação entre o EU e o Nâo-Eu.
II – O Criador da
Ilusão:
O
corpo mental e o Manas – a construção e evolução do corpo mental;
w “Uma vez que tenha chegado a permanecer indiferente aos objetos
da percepção, deve o discípulo buscar o rajá dos sentidos, o Produtor dos
Pensamentos, aquilo que desperta a Ilusão... a mente é o grande assassino do
Real.” HPB.
w A mente não é o Conhecedor e dele deve ser distinguida
cuidadosamente.
w Não conhecemos as coisas
em si, mas o efeito que suas imagens produzem em nossa consciência.
w A mente é o resultado do pensar passado, modificando-se
constantemente pelo pensar presente, os resultados de vidas anteriores sendo
reexaminados no presente.
w Nossa mente é a criadora de ilusões, na medida em que trabalha
apenas sobre o reflexo do não-eu nela, não sobre o objeto em si mesmo.
III – A transmissão do
pensamento:
w A
Transmissão de pensamento pode se dar por duas formas: física e psíquica.
wFísica Causada pela consciência, vibrando no mental, depois no astral,
gerando ondas no etérico e moléculas no corpo físico, atingindo, assim, o outro
cérebro.
wPsíquica: Após ser
criada uma forma-pensamento no plano metal, dirige-o, diretamente ao outro
cérebro. Exige mais evolução, mas todos o alcançamos.
IV – As origens do
pensamento:
A
relação entre sensação e pensamento;
w Quando chegamos ao mundo, trazemos uma grande massa de
pensamentos já formada, denominadas “ideias inatas”. São concepções que resumem
nossas experiências em vidas anteriores.
w Usando um recém-nascido como exemplo e sua relação com a
amamentação e os cuidados da mãe: ele começa a elaborar a consciência de si
mesmo através da percepção da satisfação de suas necessidades através da
relação entre o objeto externo e ele. Estas sensações transformam e moldam sua
mente.
V – A Memória:
A
natureza da memória; a má memória; memória e antecipação;
wQuando se estabelece uma relação entre o prazer e um objeto,
surge o desejo de repetir a experiência e o corpo mental imediatamente recria a
imagem. Esta tendência é devida a Tamas (treva) e é o germe da memória.
w Com a repetição da idéia da sensação ligada ao objeto, a
memória se despende do Conhecedor e atinge um nível mais sutil da mente,
passando a se comunicas com a memória akásica – passa a fazer parte da memória
de Ishvara (espírito divino).
VI – O desenvolvimento
do pensamento:
A
observação e seu valor; a evolução das faculdades mentais; a educação da mente;
a associação com superiores;
w A má memória: assim como uma matéria fluida não é bom material
para um bom molde, uma mente pouco evoluída tem dificuldade de formar memória.
No entanto, mesmo um homem evoluído pode ter dificuldade de fixar memória –
porém, ele há de se lembrar do que lhe interessa. Portanto, a má memória se
deve à má observação, a um pensamento confuso e sem foco. Isto pode ser
resolvido com exercícios.
w A antecipação: num Conhecedor não desenvolvido, a memória se
concentra no objeto do prazer e a memória se projeta adiante. Basta que se
adicione a isto o tempo. A contemplação do prazer é o presente e sua busca está
no futuro.
Explica
que sua mente o observou e o encontrou na memória quando necessitou.
VII – A Concentração:
A
consciência está onde haja m objeto qualquer ao qual responda; Como se
concentrar;
w O desenvolvimento da observação é parte da educação mental.
Bèsant narra um episódio em, em viagem, precisou lembrar do número do trem em
que viajou e, embora conscientemente não o tenha registrado, o recordou.
w Quando se está sob hipnose, há o acesso a registros da memória
que não pareciam registrados. Essas impressões chegam ao corpo mental através
do cérebro e ficam em ambos registrados. Na hipnose, Jiva não está presente: o
acesso é apenas ao cérebro. Mas a mente pode ser educada a observar e registrar
e então, Jiva pode absorver tais informações.
w A evolução da mente depende de observar, distinguir, raciocinar
e comparar, resultando na criação de um juízo. Um Grande Ser sabe tudo sobre o
sistema solar, não porque tenha acumulado tal conhecimento, mas, porque ao
dirigir a ele sua atenção, consegue observar e conhecer o que vê. Portanto, na
evolução da mente não depende da quantidade de informação em que é mergulhada,
mas na qualidade da observação.
VIII – Obstáculos à
concentração:
As
mentes erradias; Os perigos da concentração: meditação;
w O corpo não percebe que a mente está sempre em movimento,
portanto, em algumas pessoas, a concentração parece difícil pela resistência do
ego. Trata-se apenas de treinamento, a resistência é ilusão.
w O corpo tende a ficar enrijecido quando nos concentramos:
ficamos enrugados e fisicamente estáticos. Isto é também falta de treinamento.
Quebra-se a rigidez fazendo intervalos e movendo o corpo, retomando após a
concentração.
A MEDITAÇÃO:
w A meditação consiste
na concentração da observação da mente em relação ao todo. É a união da mente
do Conhecedor com o seu todo e prática indispensável para quem quer seguir uma
vida espiritual.